quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

bate o pé no chão!

é como me sinto hoje:

Canto uma canção bonita,
Falando da vida, em 'Ré maior'.
Canto uma canção daquela
De filosofia,
Do mundo bem melhor.

Canto uma canção que agüente
Essa paulada, e a gente
Bate o pé no chão.
Canto uma canção daquela
Pula da janela
Bate o pé no chão.

Sem o compromisso estreito
De falar perfeito,
Coerente ou não.
Sem o verso estilizado,
O verso emocionado
Bate o pé no chão...

Canto uma canção bonita
Falando da vida, em 'Ré maior'.
Canto uma canção daquelas
De filosofia,
E mundo bem melhor

Canta uma canção que agüente
Essa paulada, e a gente
Bate o pé no chão.
Canto uma canção daquela
Pula da janela
Bate o pé no chão.

Sem o compromisso estreito
De falar perfeito,
Coerente ou não.
Sem o verso estilizado,
O verso emocionado
Bate o pé no chão...

Canto o que não silencia
É onde principia a intuição
E nasce uma canção rimada
Da voz arrancada
Ao nosso coração

Como, sem licença, o sol
Rompe a barra da noite
Sem pedir perdão!
Hoje quem não cantaria
Grita a poesia
E bate o pé no chão!

E hoje quem não cantaria
Grita a poesia
E bate o pé no chão!

Sem o compromisso estreito
De falar perfeito,
Bate o pé no chão
Sem o verso estilizado,
O verso emocionado
Bate o pé no chão...

Canto uma canção bonita
Falando da vida, em 'Ré maior'.
Canto uma canção daquela
De filosofia,
Do mundo bem melhor.

Canto uma canção que agüente
Essa paulada, e a gente
Bate o pé no chão.
E hoje quem não cantaria
Grita a poesia.
Bate o pé no chão...


\o/ \o/

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

uma certa tolice...

Não sei bem o que escrever...

Tentativa de passar através dos dedos aquilo que mal conseguimos discernir na estática de sinapses do cérebro, confundida ainda pelas batidas descompassadas desse músculo que insiste em interferir em tudo que mostrarmos pra nós mesmos como lógico, racional e óbvio...

Poderia aqui muito bem falar sobre a lógica, o racional, o óbvio, sobre a injustiça, a luta, o mundo, a crítica, mas nado contra a maré nessa realidade de complacência auto-defensiva.

Prefiro falar aqui do meu motivo para essa atitude "ilógica", e esse motivo não é outro além da paixão, do amor inegável que sinto, que me dá uma perspectiva ás vezes ininteligível pra quem olha de fora, sem a mesma passionalidade.

Amo as pessoas, sim, é uma relação de amor e ódio, sinto raiva de determinados aspectos que também são humanos, mas são aqueles que negam ou se opõe a essa paixão que sinto pela incrível realidade que é a vida.

Dizem que a fé move montanhas, eu acho que a frase está incompleta, é a fé no AMOR que move montanhas! ignoramos a tradição, o comum, o normal não por termos certeza de nossos próximos passos, temos certeza do sentimento, ele é inegável, só sendo silenciado quando nos entregamos ao pragmatismo de termos medo dele - e de suas consequencias - e nos agarramos ao que "todo mundo faz".

Trocamos nossa motivação de viver - o amor a vida - por uma segurança ilusória e fugidia de calcarmos passos já traçados pois eles nos parecem mais firmes.

Talvez os maiores gigantes em nosso peito, o amor e o medo, passem constantemente nossas decisões em xeque, esperando o primeiro obstáculo para reforçar uma visão de mundo "mais fácil", um "como viver do modo certo com o mínimo de sofrimento".

Consideramos a emoção uma fraqueza e a racionalidade uma força, como se o sentimento fosse de alguma forma mais manipulável que a razão... como somos tolos...

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

o tempo passa, o tempo voa....

olhei pra trás dia desses...
aniversário (uma inusitada felicidade solitária), um gato (o animal, aquele de quatro patas, com garras, dentinhos afiados como agulhas e um pêlo malhado de preto e cinza lindo!), uma demissão (um teste, um enfrentamento e aquele gostinho agridoce na boca), uma troca de curso (feche os olhos, respire fundo e... vai!!), brasília (eta, eta, eta, a UJS faz um conune micaretaaa...), piracicaba (uma pequenina vida à parte, mas que deixou marcas em meu coração e mente).
e tantas outras coisas, pequenas ou grandes, em seis meses as coisas dentro e fora mudaram muito.

me disseram duas coisas esses tempos:

-"tu tá desperdiçando as tuas oportunidades"- desperdiçar? desperdiçar é a estática, a imobilidade, a inação, quem se move está vivendo, buscar a imobilidade é desistir. (além disso, oportunidade é um termo tãããããoooo relativo...)

e

-"o tempo é a única forma de realmente sabermos"- é doloroso ouvir isso quando se necessita de certezas imediatas, mas aquilo que passa pela prova do tempo possui em si uma certeza que não existe em mais nada.

sábado, 16 de maio de 2009

histórias de paradas 2

Parada de ônibus, aquele intervalo, intersecção de dois universos.
Da saída à chegada existe o caminho, mas o caminho é delimitado.
Numa parada, para nós, usuários destas caixas de metal que andam em círculos, passam as diversas possibilidades, poderíamos pegar qualquer um, porque não?
A tentação é forte, qualquer caminho, qualquer final, principalmente ouvindo um samba.
Imaginariamente cada ônibus é uma lembrança do que poderia ter sido, mas já passou...

Opa, chegou o meu e, pensando nos que passaram, quase que fico eu.

quarta-feira, 18 de março de 2009

receita de bolo

Sempre existiu um espaço. Vazio concreto, a ausência de algo desconhecido, mas ainda sim ausência, dura, fria.
Sempre de passagem, fugida, encostada, de aluguel na própria vida.
Que vida? Vida moldada, encaixada num cantinho, espaçosa apenas na bagunça de não ser, fragmentos de milhares de desistências, decepções.
Qual a ilusão capaz de gerar tamanhã necessidade?
Acorde! acorde!
Ame! mas ame o hoje, não o amanhã, nem o ontem!
Ame a morte, a dor, o medo! Com sofreguidão! Morda, chute, grite, aperte, permita-se sentir o frenesi da agonia, do desepero! Reconheça-se nele, reconheça VOCÊ neste abandono!
E volte, respire, chore, abrace, beije, se perceba também aí, sem se orgulhar ou decepcionar, apenas observe, com carinho, com ternura.
Sorria depois, mesmo que seja difícil, mas sorria escondido. E tem que ser sincero! Feliz ou triste!
E depois me conte, o que houve com seu vazio? Com a sua ausência? Com seus fragmentos?
Compartilhe!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

se eu conseguisse colocar aqui tudo aquilo que venho pensando nos últimos dias...
mas não dá, as idéias vêm aos borbotões, os pensamentos se iluminam e se apagam quase antes de serem perecebidos.
tempo, coisinha tão enigmática... que importa vivermos para sempre ou morrermos amanhã se nem ao menos sabemos quem somos.
e que importa sabermos quem somos? alguém sabe? não serei eu um reflexo de tudo aquilo que vi e ouvi, como diz um maravilhoso fernando pessoa?
você está satisfeito com a sua vida? não? bom, eu poderia dizer que é assim mesmo, não existe satisfação plena e tal... puro consolo! e daí? pois eu digo: ainda bem que você não está satisfeito com a sua vida!!
a pergunta deveria ser: você está satisfeito com você mesmo? com suas atitudes? veja bem, eu não perguntei sobre conhecimento, é algo muito mais próximo do sentimento, da emoção.
não dá pra se conhecer por completo? tudo bem...
não dá pra se satisfazer com a vida? ainda bem...
é possível olhar pra si e jogar limpo?? sim!!!!

então o que está esperando??

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

relatório

praia nuvens pai mãe henrique músicas filmes livros mar (só pra molhar os pés) comida cachorros celular pescadores pensar, muito pensar descansar rir não saber.

Na prainha entre asfaltos recuperei, não sei o que, não sei como...
Não tive uma revelação, nada me chacoalhou, eu caminhei, observei e senti, o cheiro do mar, o silêncio que se esconde naquele barulho interminável de ondas quebrando, a imponência de infinitas nuvens num céu igualmente infinito, todas as pessoas, em seus mundos particulares e inacessíveis, a vida se sobrepondo à vida, principalmente os quero-queros....
a filosofia do real, em toda a sua crueza, todo o seu tédio, toda a sua concretude.
estava tudo lá, a dor, o medo, a tristeza, o desespero... eu os reconheci, cumprimentei respeitosamente, amei-os de todo o coração, e fui dar uma volta.

sábado, 24 de janeiro de 2009

férias!!!!!!

frase que mais me disseram essa semana: "ser feliz requer muito esforço."
ai de nós preguiçosos....

mas chega de baboseira!! chega de nhénhénhé!!!

obrigada galera, por tudo, rodrigo, célvio, fernando, ana, ezequiel, bruno, evelyn, pai, mãe, henrique, pessoal do dce, sérgio, william, renan, altair, todo mundo do hospital e todo mundo que me quis bem! amo todos vocês!

todos os próximos posts serão para vocês, com tudo de bom que eu conseguir acumular!!!

fui!!!

domingo, 18 de janeiro de 2009

para cris

"Se és capaz de pensar sem que a isso só te atires;
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores;
se, encontrando a desgraça e o triunfo,
conseguires tratar da mesma forma a esses dois impostores;
se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas
em armadilhas as verdades que disseste
e as coisas, por que deste a vida estraçalhadas;
e refazê-las com o bem pouco que te reste;

se és capaz de arriscar numa única parada
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
e perder, e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida;
de forçar coração, nervos, músculos, tudo
e dar seja o que for que neles ainda existe,
e a persistir assim quando, exausto,
contudo resta a vontade em ti, que ainda ordena: persiste! (...)"

um dia me disseram que vivemos o encontro de nossas solidões. mas como vivemos? quem nos limita? quem nos faz arriscar? retroceder? cair? levantar? sentir? escolher?
a realidade está aí, ela é apenas, assim como nós apenas somos.
quem julga? acusa? pune? perdoa? quem escolhe como observar e agir?
apenas nós mesmos.
se tudo é uma auto-avaliação, porque levar tão a sério?
viver bem, viver mal, que importa? apenas passamos, como o rio.