"Se és capaz de pensar sem que a isso só te atires;
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores;
se, encontrando a desgraça e o triunfo,
conseguires tratar da mesma forma a esses dois impostores;
se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas
em armadilhas as verdades que disseste
e as coisas, por que deste a vida estraçalhadas;
e refazê-las com o bem pouco que te reste;
se és capaz de arriscar numa única parada
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
e perder, e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida;
de forçar coração, nervos, músculos, tudo
e dar seja o que for que neles ainda existe,
e a persistir assim quando, exausto,
contudo resta a vontade em ti, que ainda ordena: persiste! (...)"
um dia me disseram que vivemos o encontro de nossas solidões. mas como vivemos? quem nos limita? quem nos faz arriscar? retroceder? cair? levantar? sentir? escolher?
a realidade está aí, ela é apenas, assim como nós apenas somos.
quem julga? acusa? pune? perdoa? quem escolhe como observar e agir?
apenas nós mesmos.
se tudo é uma auto-avaliação, porque levar tão a sério?
viver bem, viver mal, que importa? apenas passamos, como o rio.
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