quarta-feira, 4 de novembro de 2009

uma certa tolice...

Não sei bem o que escrever...

Tentativa de passar através dos dedos aquilo que mal conseguimos discernir na estática de sinapses do cérebro, confundida ainda pelas batidas descompassadas desse músculo que insiste em interferir em tudo que mostrarmos pra nós mesmos como lógico, racional e óbvio...

Poderia aqui muito bem falar sobre a lógica, o racional, o óbvio, sobre a injustiça, a luta, o mundo, a crítica, mas nado contra a maré nessa realidade de complacência auto-defensiva.

Prefiro falar aqui do meu motivo para essa atitude "ilógica", e esse motivo não é outro além da paixão, do amor inegável que sinto, que me dá uma perspectiva ás vezes ininteligível pra quem olha de fora, sem a mesma passionalidade.

Amo as pessoas, sim, é uma relação de amor e ódio, sinto raiva de determinados aspectos que também são humanos, mas são aqueles que negam ou se opõe a essa paixão que sinto pela incrível realidade que é a vida.

Dizem que a fé move montanhas, eu acho que a frase está incompleta, é a fé no AMOR que move montanhas! ignoramos a tradição, o comum, o normal não por termos certeza de nossos próximos passos, temos certeza do sentimento, ele é inegável, só sendo silenciado quando nos entregamos ao pragmatismo de termos medo dele - e de suas consequencias - e nos agarramos ao que "todo mundo faz".

Trocamos nossa motivação de viver - o amor a vida - por uma segurança ilusória e fugidia de calcarmos passos já traçados pois eles nos parecem mais firmes.

Talvez os maiores gigantes em nosso peito, o amor e o medo, passem constantemente nossas decisões em xeque, esperando o primeiro obstáculo para reforçar uma visão de mundo "mais fácil", um "como viver do modo certo com o mínimo de sofrimento".

Consideramos a emoção uma fraqueza e a racionalidade uma força, como se o sentimento fosse de alguma forma mais manipulável que a razão... como somos tolos...