Na parada á espera do ônibus, um senhor idoso se escora ao meu lado. Enquanto isso, do outro lado da rua um casal de hippies passa levando uma criança num carrinho e uma tela com vários brincos expostos.
Entro no ônibus e o mesmo senhor vem comigo.
Na primeira parada estão 3 velhinhas, tão velhinhas que seus cabelos parecem teias de aranha. Eu as observo enquanto conversam, curvadas, mas animadamente. Ao mesmo tempo passa de bicicleta um homem com uma criança de não mais que 5 anos na garupa.
De repente uma mulher atrás de mim grita perguntando ao cobrador como ela faz para denunciar um homem que a ameaçava de morte mas tinha um primo na brigada militar.
No meio disso eu só consigo pensar na vida. Na corrente consciente e inconsciente de vida que interliga num mesmo momento de realidade todas as outras vidas que estão á nossa volta.
Vidas que começam, latentes ainda, e vidas que já se encerram.
Tudo traz consigo uma bagagem tão maravilhosa de possibilidades que eu acabo entendendo o medo de mudanças a que alguns se agarram com unhas e dentes.
No dia que essa represa estourar e todos perceberem a míriade de possibilidades existentes, nada mais será como antes.
Ainda bem.
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2 comentários:
muito bom!!!
clap clap clap clap clap!!!
é disso que eu sempre falo, é simplesmente impossível planejar e acreditar que a vida está nas tuas mãos, o negócio mesmo é deixar tudo rolar e entrar no fluxo! é por isso que temos instinto e intuição, são uma espécie de leme que guia quando a nuvem de possibilidades se torna neblina e o olho do raciocínio não consegue atingir o horizonte.
tu é bem foda escrevendo bb!!!
tá vendo?? e as pessaos riram do rapaz que via beleza na sacola voando!! viaje, minha cara! viaje, preta...
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