Sempre existiu um espaço. Vazio concreto, a ausência de algo desconhecido, mas ainda sim ausência, dura, fria.
Sempre de passagem, fugida, encostada, de aluguel na própria vida.
Que vida? Vida moldada, encaixada num cantinho, espaçosa apenas na bagunça de não ser, fragmentos de milhares de desistências, decepções.
Qual a ilusão capaz de gerar tamanhã necessidade?
Acorde! acorde!
Ame! mas ame o hoje, não o amanhã, nem o ontem!
Ame a morte, a dor, o medo! Com sofreguidão! Morda, chute, grite, aperte, permita-se sentir o frenesi da agonia, do desepero! Reconheça-se nele, reconheça VOCÊ neste abandono!
E volte, respire, chore, abrace, beije, se perceba também aí, sem se orgulhar ou decepcionar, apenas observe, com carinho, com ternura.
Sorria depois, mesmo que seja difícil, mas sorria escondido. E tem que ser sincero! Feliz ou triste!
E depois me conte, o que houve com seu vazio? Com a sua ausência? Com seus fragmentos?
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quarta-feira, 18 de março de 2009
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