Em que nível de intimidade o ser humano é capaz de chegar sem que suas emoções mais primais, de raiva, possessividade, territorialidade e medo, o avassalador e deprimente medo do desconhecido e da solidão, não corroam a essência daquilo tudo que se tentou construir?
Não nos enganemos, todos somos assim, alguns com mais sucesso, outros com menos, alguns ingenuamente, outros cinicamente, mas todos naturalmente destróem suas próprias relações.
E o ciclo continua, uma espiral que não nos permite enxergar nada, a não ser o medo, irracional e febril da besta que muitos julgam adormecida dentro de si, mas que está lá, espreitando todas as ações que tomamos e acrescentando pitadas de loucura que não sabemos de onde vem, mas que corroem aos poucos, na medida de nossa alienação.
Será que vivermos em sociedade não foi apenas uma piada cruel de um deus infeliz?
domingo, 31 de agosto de 2008
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